Ana Pais Oliveira

Ana Pais Oliveira (1982) vive em Arcozelo e trabalha em Espinho. É licenciada em Artes Plásticas - Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto (2005) e doutorada em Arte e Design - Pintura pela mesma faculdade (2015), com o projeto A cor entre o espaço pictórico e o espaço arquitetónico: processos relacionais nas práticas artísticas contemporâneas

É artista residente no FACE-Fórum de Arte e Cultura de Espinho, onde tem o seu atelier e colabora em diversas iniciativas, desde abril de 2016. É membro colaborador do núcleo de investigação em Arte e Design no Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade e foi bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) entre 2011 e 2015. 

Fez parte da seleção portuguesa para a Bienal Jovem Criação Europeia 2013/2015, itinerante por nove países europeus, foi selecionada para a XV Convocatória da Galeria Luis Adelantado em Valencia (2013) e venceu o Kunstpreis Young Art Award <33 [colour] da Galeria Art Forum Ute Barth em Zurique, Suíça, onde expôs individualmente no Verão de 2014. Foi também selecionada para a longlist do Solo Award 2016 / London Art Fair 2017, promovido pela Wilson Williams Contemporary Art Gallery, Londres, e para o Premio de Pintura Fundação Focus-Abengoa 2017, Sevilha. A sua pintura Ar livre #2 foi selecionada para impressão e apresentação no Munsell Centennial Color Symposium no Massachusetts College of Art and Design em Boston (10-15 Junho 2018) e na edição especial do Journal Color Research and Applications.

Foi também convidada pelo grupo Desistart para desenhar uma coleção de tapetes de luxo, Perspectives Collection, que foi apresentada pela primeira vez na Maison & Objet 2019, em Paris. Venceu o 1º Prémio no XLIX Concurso Internacional de Pintura Homenaje a Rafael Zabaleta, Quesada, Jaén, Espanha.

Obteve o Prémio Aquisição dos Amigos da Biblioteca-Museu de Amarante na 9ª Edição do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso (2013), o 1º Prémio Aveiro Jovem Criador (2009), o 1º Prémio Engenho e Arte (2009), o 3º Prémio no 1º Prémio Jovem de Artes Plásticas da Figueira da Foz (2009), o 1º Prémio Arte XXI 10 (2009) e o 1º Prémio Eixo Atlântico na VIII Bienal Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular (2008). 


Participa regularmente em conferências e seminários, tendo recentemente apresentado o seu trabalho em conferências em Génova, Newcastle, Valencia, Lisboa, Monção e Porto. Foi elemento do júri da IX Bienal Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular (2010), do XXI Encontro Internacional de Estátuas Vivas, Espinho (2017) e  da secção Short Animation e Experimental Film do FEST – New Directors, New Films Festival, Espinho, 2018. 

A sua obra está representada nas coleções S&A, Porto, Museo Zabaleta, Quesada (Jaén), Fundação Focus-Abengoa (Sevilha), Banco BPI, Eixo Atlântico, Casa da Cultura/Casa Barbot, Museu Municipal de Espinho, Museu Municipal de Amarante e várias coleções particulares.

No seu trabalho, a pintura pede gramáticas e modos de dizer emprestados à arquitetura, ao desenho e à escultura, assumindo diferentes formas de apresentação, estratégias, escalas, materiais e processos para dar forma à ideia de casa enquanto elemento paradigmático de abordagem ao lugar ou o lugar por excelência, o nosso canto do mundo, abrigo e refúgio. Neste processo, a cor é sempre utilizada como base do processo criativo e um elemento de composição fundamental na interação entre as linguagens pictórica e arquitetónica, bem como na nossa perceção da profundidade, do volume e da ilusão. 

Há um fascínio pela linguagem da arquitetura, embora esta seja sempre desconstruída, tornada ficcional e transformadora de uma paisagem envolvida em utopia. Talvez sejam lugares que gostaríamos de conhecer melhor e onde achamos que nos sentimos bem, não perdendo, no entanto, uma componente imaginária, impossível ou mesmo intangível.