Arte-Xávega

A exposição permanente que contempla a coleção da Arte-Xávega reparte-se por um núcleo central composto por torres expositivas e por quatro salas dedicadas à "Arte", Companhas e Núcleo Familiar dos pescadores. O visitante poderá conhecer um conjunto de objetos utilizados no quotidiano desta secular arte de pesca artesanal, fotografias da faina e das suas gentes, e toda uma série de informação mais técnica e peculiar da "Arte", disponibilizada em três quiosques multimédia.


A Arte
A arte-xávega é um sistema de pesca artesanal caracterizado por possuir um aparelho ou rede que na nossa costa é lançado pelo barco de mar. A partir da praia, desloca-se até distâncias consentidas pelo aparelho e à praia regressa, iniciando-se a designada pesca de cerco e alar para terra, a qual se pratica com o recurso a um grande barco e a uma grande rede (arte grande). Não é o barco, mas sim a rede que dá o nome à "Arte".


As Companhas
Durante muito tempo a arte-xávega foi um agrupamento de pescadores sujeito a usos e costumes tradicionais sob a chefia de um governo, dedicando-se à faina do mar, e que tomou, no decorrer do tempo, vários nomes: chinchorro, companha e sociedade de pesca. É um processo de pesca artesanal que designa uma agremiação formada por sociedades com capitais individuais ou coletivos - as Companhas - chefiadas por um patrão que é o dono do barco e das redes.


A Família
A Arte Grande está assente numa técnica com características peculiares (redes e embarcações), e é moldada por um tipo humano original que desenvolveu uma forma particular de organização social. O vareiro, a varina e os filhos, compõem uma família que tinha na pesca a sua principal fonte de sustento.