Valências

Em resultado do projeto de reabilitação do edifício da antiga Fábrica Brandão, Gomes, da autoria do Arquiteto Nuno Lacerda Lopes, surgiu o Fórum de Arte e Cultura de Espinho (FACE), um espaço dedicado à investigação, ao desenvolvimento cultural e à prestação de serviços à comunidade. Assume-se como um local multifacetado onde o conhecimento, a formação, a educação, e o lazer, constituem as bases fundamentais deste projeto.

O Museu Municipal de Espinho, inaugurado em 16 de junho de 2009, ocupa o núcleo central da antiga fábrica de conservas, prolongado no primeiro andar por duas galerias para exposições temporárias com 550m² cada, designadas de Galerias Amadeo de Souza-Cardoso, constituindo-se, assim, o espaço nobre do edifício. No rés-do-chão, o auditório, os três átrios e a esplanada interior, tornam o conjunto bastante atrativo do ponto de vista arquitetónico e permitem potencializar a polivalência do espaço com a realização de várias atividades culturais e sociais.

O FACE apresenta diversas opções culturais, inerentes aos vários espaços que se interligam entre si. O átrio de entrada para o museu municipal é o elemento fundamental de distribuição do edifício, e concentra toda a articulação para a área de exposições, de formação e das salas de administração por forma a garantir uma utilização sempre viva deste sector do edifício. O circuito da exposição permanente conduz o público à galeria de exposições temporárias. É um espaço amplo que comunica com os átrios de entrada por uma rampa de acesso. Esta área esta parcialmente ligada aos ateliers pedagógicos, às salas de formação, escolas de ballet e de jazz, e ao centro de documentação em história local. 

No rés-do-chão estão localizadas as entradas principais do auditório, que serve todas as componentes culturais e associativas que integram o edifício. Com capacidade para 138 lugares sentados, possui um palco de pequenas dimensões, completado por uma pequena teia para suspensão de ecrã de cinema e projeção. Dada a sua dimensão possui características para a realização de aulas, cursos, conferências, cinema, concertos de música de câmara e pequenas peças de teatro. Este núcleo é completado por uma cabine de projeção com espaço para rebobinagem, a régie de som e luz e uma cabine para tradução simultânea. Um foyer amplo comunica com um pátio exterior, aproximando-se da ideia de um claustro, permitindo diversas animações e espetáculos, espaço que é apoiado pelo serviço de cafetaria. 

O rés-do-chão é servido por um conjunto de lojas ocupadas com residências artísticas, espaços expositivos, espaço do cidadão e sede de algumas associações do concelho. A cave integra um espaço de estacionamento com capacidade para cerca de 100 viaturas.